Autora de romances, contos, e ensaios, é considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes do século XX.
Clarice Lispector foi uma escritora de obras literárias, exercendo atividade também como tradutora e jornalista. Ela é uma das principais representantes femininas da literatura brasileira do século XX.
"Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato... Ou toca, ou não toca".
Sua História
Na juventude Clarice dava aulas particulares de Matemática e Português. Em 1939 iniciou o curso de graduação em Direito na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ela imaginava que com os conhecimentos obtidos poderia ajudar a reformar as penitenciárias do Brasil.
Clarice participava de um grupo literário que se reunia no centro do Rio de Janeiro, do qual faziam parte, por exemplo Vinícius de Moraes e Rachel de Queiroz.
Em 1943, enquanto trabalhava como redatora no jornal A Noite, lança seu primeiro livro: Perto do Coração Selvagem. Esse foi alvo de críticas tanto positivas quanto negativas.
Casada com um vice-cônsul, Clarice se muda com o marido para Belém, abandonando seu posto de redatora. Passou então a ler autores até então desconhecidos para ela como Virginia Wolf, Marcel Proust e Jean-Paul Sartre. Traduziu obras em inglês, francês e espanhol, totalizando 40 títulos.
Nas várias residências que estabelece no exterior e se valendo dos conhecimentos que adquire por conhecer personalidades do universo artístico e filosófico, Clarice publica contos em jornais.
Lançou em 1961 A Maçã no Escuro, que escreveu enquanto ainda morava fora do Brasil, tendo a obra recebido o prêmio de melhor livro do ano.
Escreveu histórias infantis ao longo de década de 70, além da sua obra que virou filme: A Hora da Estrela.
Em 1978 ganhou o Prêmio Jabuti com o romance A Hora da Estrela.
Faleceu em 9 de dezembro de 1977, pouco antes de completar 57 anos, em razão de um câncer de ovário descoberto tardiamente.
Principais características do seu estilo literário
Modernista, mais especificamente integrante da terceira fase do Modernismo (Geração 1945).
Uso frequente de metáforas, uma figura de linguagem em que o autor dá um sentido figurado através de comparações.
Subjetividade, o foco é no inconsciente, apresentando o pensamento de forma livre e desordenada.
Escreveu novelas, contos, romances, crônicas, literatura infantil e artigos de jornais.